Essa é
a historia de Gatú Nufó Rêbá, filho de um Iraniano de traços fortes com uma linda Guatemalteca de olhos verdes que
migraram para o Brasil. Seu nome seria “Tchuque Nueris” mas
seus pais acharam o nome muito afeminado
e mudaram para um nome mais másculo. A mistura de “ódio” o sentimento mais
forte segundo seu pai e “chiclete” a coisa mais demoníaca criada pelo homem segundo sua mãe (sua mãe teve um primeiro contato traumático que após grudar em seu cabelo obrigou-a cortar todo ele). Daí surgiu seu nome “Odete”.
Ele que logo cedo descobriu sua grande paixão, “os gatos”. Tendo convivido desde cedo com eles dentro de sua casa. Ao quatro anos adquiriu uma mania no mínimo inusitada.
Todos os dias, acordava e corria para onde
estava seu gato para lhe dar um banho. Sua mãe ao perceber a mania ensinou-lhe
que só podia dar banho se o gato estivesse cheirando mal. Aprendida a lição,
acordava todos os dias e corria à procura do bichano. Quando o achava pegava no colo e cheirava novamente, fazia uma cara de desagrado. Colocava-o no chão ,
abaixava as calças e esfregava o gato na bunda. Cheirava mais uma vez, então sorria e corria pra dar-lhe banho.
Seu pai observando a situação,
deu uma gargalhada e falou: ”Gatú Nufó Rêbá, Gatú Nufóoo... Rêbá”. Que em
Iraniano quer dizer “aquele que ama os gatos”. Nome ao qual seria conhecido desde então .
O tempo passou e Gatú cresceu, e
a idade realçou seus olhos verdes na face de traços fortes.
Formou-se em Biologia e inventou uma ração para gatos (que futuramente passou a outros animais) que o
deixou milionário. Mas o destino tirou seus pais, mortos em um assalto seguido
de um assassinato brutal na casa deles, no dia de sua formatura. Deixando
apenas seu gato, Lilico, que morreu no dia seguinte por uma causa estranha.
Esse trauma o fez adquirir uma inusitada mania.
Quase todo dia entrava em um
petshop, dirigia-se ao balcão e dizia a atendente: por favor eu quero um
“Lilico”?
-Como senhor?-dizia a atendente
sem entender muita coisa.
-Um Lilico?-enquanto fazia gestos
como estivesse acariciando um gato em seu colo.
-Ah um gato?
-Não um “Lilico”?- como se aquilo
fosse a coisa mais normal do mundo.
A mulher desconfiando pega um
gato na gaiola ao lado e diz:” Aqui está o seu Lilico”.
Ele sai feliz da vida com seu
gato em mãos, deixando a atendente a resmungar- Cada doido que me aparece.
Chega em casa coloca o gato, quer
dizer “Lilico no chão” e corre até a cozinha, onde coloca água e comida em
tigelas específicas com o nome Lilico pintado neles. Volta sem perder o sorriso, o mesmo de uma criança ao receber um presente de natal, para entrega-las
ao g... Lilico. Então se deita ao lado dele e fica a observa-lo.
Depois
de satisfeito, lilico caminha até seu dono, lambe-lhe a mão e começa a se esfregar
nele. De supetão Odete abraça-o forte. Uma lágrima cai e ele fala aos prantos: só
você que me entende, só você. E o aperta cada vez mais, mais, mais... até
que, com a pressão lilico não consegue mais respirar, os olhos esbugalham e um
derradeiro e baixo miado soa ...então só se pode ouvir um fino e choroso chamado: Lilico? Lilico. E o corpo
morimbundo cai ao chão. Agora um grito
solitário e triste surge...
A
noite chega e com os olhos inchados de choro, Gatú continua a beber em um bar da zona rica da cidade. Entre um gole e outro ele vê no canto do bar um mulher. Trajando vestido preto que realça os seus seios fartos e cochas torneadas, algo
que seria desnecessário para encantar pois seus longos cabelos castanhos e
olhos arqueados extremamente azuis e penetrantes já dariam conta do proposto. Ela bebe no com elegância enquanto o pensamento voa. Gatú anda em direção a ela ostentando uma feição de total admiração. Ao chegar perto dela diz:
-Você tem olhos lindos, parecidos
com um de um gato.
A mulher surpresa mas encantada com a beleza de Gatú responde envergonhadamente-Obrigada.
E a partir dali surge uma conversa
cheia de pequenos flertes, regada a vinho 50 a nos. Até que vendo cansaço nos
olhos embriagados dela pergunta se ela não quer ir até sua casa. Ela excitada com o jovem e rico rapaz, e com um empurrãozinho do vinho, resolve aceitar. Eles saem na Ferrari de Gatú.
Ao chegar em frente a mansão ,ela
totalmente alterada dá um beijo em Gatú e desmaia devido ao álcool ingerido em
altas dozes. Ele a carrega para dentro e fica a admira-la deitada sobre a cama
dormindo. Até que vem uma idéia a mente. Corre até a cozinha onde pega uma faca; a mais afiada. E agindo por impulso se coloca ao lado dela e inseri a
faca em seu olho. Ela acorda e começa a espernear, um som de puro medo toma o
quarto. Ele fala- eu preciso fazer isso- enquanto tampa a boca dela.
Vendo que aquilo não adiantaria
começa a sufocá-la. Assim, aos poucos enquanto se debate seus olhos azuis
encontram a escuridão eterna. Depois de desmaiada Gatú continua o serviço,
arranca-lhe os dois olhos. Após o ato sorri enquanto segura as suas preciosas
jóias.
Porém depois de alguns instantes vem
até ele o pior dos fardos, a culpa. –Por que fiz isso? por quê? por quê? POR
QUÊEEEE!!! O desespero e as lágrimas o tomam de conta, ele senta no chão com as
mãos as cabeças. Fica nessa posição até amanhecer.
Sete
horas, como uma fênix surge das cinzas, um sorriso nasce na sua face ainda molhada por lágrimas. Ele levanta, vai
até a cozinha, coloca suas preciosidades em um pote com um líquido conservante
guarda em um armário cheio de outros potes.
Volta ao corpo, arrasta-o até quintal onde abre um buraco e joga-o lá dentro. Entra na casa
novamente, após alguns segundos volta trazendo algo em seu colo, que acaricia levemente. Coloca-o junto com a mulher. Enterra. Então coloca uma lápide de
pedra com o nome “Lilico”.
Entra novamente como se nada houvesse acontecido, toma um banho, troca
a roupa e sai em sua Ferrari. Entra em um grande prédio, e com um sorriso sádcio pede
a uma atendente.
-Por favor eu quero um “Lilico”.
2 comentários:
bem legal parabens
e um texto bom,mais muito grande acho q deveria ser um pouco mais breves,mais se eles continuarem com essamesma qualidade posso te dizer que você tem futuro.
Postar um comentário